Victório Scuro: a fortaleza do Vasco
O Vasco da Gama era um time relativamente novo no futebol de Americana. Quase uma década após a sua fundação, em 1950, a equipe cruzmaltina ainda jogava em um campo de terra batida, praticamente impossível de se ter uma partida de futebol em épocas de tempo seco, já que levantava muita poeira. O campo ficava na divisa entre a Vila Rasmussen e a Vila Galo, onde hoje é a Rua Dom Pedro II, e ao lado tinha a cancha do Flamenguinho, grande rival do Vasquinho.
A estrutura, portanto, era precária para que o Dragão continuasse a exercer as suas atividades futebolísticas. Um campo de várzea, que vinha desde a fundação do Vasco, já não dava conta do time que a cada ano avançava no cenário esportivo da cidade, entrando “de cabeça” no amadorismo. Prova disso é que o cruzmaltino passou a utilizar nas primeiras edições em que participou do Amador do Estado (no fim da década de 50) o na época recém-reformado estádio do Flamengo. Quando não jogava na Vila Galo, o Vasquinho atuava ou em Cillos, ou no estádio do Canto do Rio, ou na Fernando de Camargo, estádio do Rio Branco. Por isso, a necessidade da construção de um estádio – ou, pelo menos, de um campo mais ajeitado – fez com que o cruzmaltino se movimentasse neste sentido.
Além disso, a cidade de Americana também precisava de novos campos de futebol que pudessem abrigar os jogos do Amador do Estado, organizado pela Liga Americanense de Futebol e pela Federação Paulista de Futebol. Em 1958, o Tigre fez o seu último prélio na Rua Fernando de Camargo e já em 1959 o campo parou de ser utilizado até ser demolido para a construção da Escola Estadual Dr. Heitor Penteado. Com isso, os campos da Vila Galo e do Canto do Rio ficaram sobrecarregados de jogos – inclusive atrapalhando a tabela do Amador do Estado. Ou seja, o que era uma necessidade apenas do Vasco, se tornou uma necessidade do município – um cenário bastante conveniente ao Dragão que queria construir o seu estádio.
Foi quando o prefeito de Americana, Abrahim Abraham, atendendo a um pedido da diretoria do Vasco – em especial de “Marcílio” Scoriza, Ítalo Scuro e David Tunussi -, em lei nº 320 de 25 de março de 1959 cedeu um terreno de 9.964 m² margeando as ruas Tibiriçá, Paul Harris, Abolição, Anhanguera e Riachuelo, próximo da linha do trem, por meio de um comodato de 10 anos, para a construção do novo estádio do Vasco da Gama.
Este terreno assim como todos os outros que compõem hoje a Vila Rasmussen eram de propriedade de Martinho Rasmussen e foram doados para a prefeitura de Americana em 24 de maio de 1950 (data de publicação da escritura). Porém, o local onde hoje é o Victório Scuro não tinha a finalidade de construção de uma praça esportiva, mas sim, de praças públicas, comuns e que pudessem servir como lazer para a população que morava no entorno. Com a necessidade de um campo ao Vasco e à Americana, o local foi adaptado e cedido ao cruzmaltino exclusivamente para fins desportivos e culturais – e até hoje o local precisa cumprir esta exigência, já que nunca foi permitida a construção de um estádio, em tese, no terreno; necessitando, sempre, de uma permissão da prefeitura para fins desportivos.
As obras iniciaram a todo vapor logo no dia seguinte da publicação da lei nº 320. O aterramento do local foi feito pelo político e empresário do setor têxtil José João Abdalla, e a colocação das traves, pinturas das linhas e arquitetação das primeiras arquibancadas foram feitas por meio de ajudas de jogadores do Vasco e moradores da Vila Rasmussen e Conserva. Ítalo Scuro (olhar abaixo a biografia), dono da têxtil Jacyra, foi o grande responsável pelas obras, inclusive pagando de seu bolso alguns itens e buscando o apoio de colegas empresários para bancar as redes.
A inauguração do estádio do Vasco se deu em 24 de abril de 1960, no aniversário de 10 anos cruzmaltino, com a presença de cerca de 5 mil pessoas. Inicialmente, houve os pronunciamentos do prefeito de Americana, Sr. Cid Marques de Azevedo, e do diretor do alvinegro e coordenador das obras do estádio, Sr. Ítalo Scuro. Depois, a Corporação Musical “Dr. Nicolau João Abdalla”, originária de Carioba, fez um concerto.
Na parte futebolística e seguindo a programação, dois jogos foram realizados: na preliminar, Carioba e Recreativo Sumaré se enfrentaram valendo uma taça ofertada e que levava o nome do prefeito Cid Marques de Azevedo – ele, inclusive, quem deu o pontapé inicial deste jogo e recebeu de Silvana Morelli uma corbelha de flores. O Carioba venceu o cotejo por 3 a 2.
Por fim, no prélio principal, o Vasco da Gama enfrentou o XV da Lapa (da Capital) valendo a taça José João Abdalla. O pontapé inicial foi dado pelo Sr. Itabajara Fonseca, representante da família Abdalla, que assim como o prefeito também recebeu uma corbelha de flores das mãos de Mara Scuro. Nesta partida, o Dragão triunfou por 3 a 0. O autor do primeiro gol do estádio ainda não foi encontrado – e o primeiro que se tem conhecimento é o do ponta vascaíno Robertinho, na vitória por 2 a 1 sobre a Fibra, em 26 de junho de 1960, pelo Amador do Estado.
AS AMPLIAÇÕES E REMODELAÇÕES
O levantamento do estádio Victório Scuro não deu ao Vasco toda a tranquilidade necessária, até porque o local ainda tinha problemas estruturais – e frequentemente o Dragão precisou fazer ampliações e remodelações. A primeira reforma foi em 1966, quando a equipe entrou no futebol profissional: foi preciso colocar alambrados, portões no entorno do estádio e fazer os preparativos para a construção das arquibancadas + + . Em 1967, a primeira grande mudança do Victório Scuro: ganhou o primeiro lance de arquibancadas (paralelo à Rua Abolição), além da edificação de camarins subterrâneos (paralelos à Rua Anhanguera) + .
Porém, a ampliação mais trabalhosa e histórica do Caldeirão do Dragão ficou para 1969, após o título do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Para subir para a Primeirona, o Vasquinho tinha que cumprir três exigências: a construção de seis mil lugares de arquibancadas (sendo que cinco mil poderiam ser de madeira), reformas no vestiário dos árbitros – a fim de evitar totalmente o contato dos juízes com o público – e, por fim, todo o terreno do estádio deveria ser murado (o que já tinha cerca de 50%). As determinações foram feitas pela Federação Paulista de Futebol junto ao seu diretor Rogélio Rodrigues em vistoria realizada no dia 11 de maio de 1969 + . O prazo para a realização das obras era de 20 dias (1 de junho).
Muitas pessoas trabalharam nessa ampliação do Victório Scuro, inclusive torcedores e diretores do Vasco da Gama. Outro ponto é que não tinha um período específico de trabalho: começava às 8h da manhã e não tinha hora para terminar, às vezes adentrando a noite e os fins de semana. Tudo isso em meio a muitas dúvidas do presidente Antônio Zutin, já que o Vasco da Gama não tinha dinheiro para realizar as obras – em vários relatos do jornal O Liberal, o mandatário do cruzmaltino se mostrava desesperado com a situação e decepcionado com a falta de apoio do poder público + + .
No dia 3 de junho de 1969, foi aprovada, após muita pressão do Vasco, dos vereadores da cidade e do ex-prefeito Cid Marques de Azevedo, a destinação por parte da prefeitura de NCr$25 mil para as obras do estádio Victório Scuro. O projeto foi redigido pelo presidente da Câmara, Jessyr Bianco, e com a aprovação de quase todos os vereadores – com exceção de Clovis Zalaf, segundo registro do jornal O Liberal de 5 de junho de 1969 + .
O Vasco da Gama foi beneficiado, naquela ocasião, pelo adiamento da entrega das obras para 8 de junho – data na qual seria feita a vistoria definitiva pelo Sr. Rogélio Rodrigues, uma vez que a tabela da Primeira Divisão tinha que sair no dia 15.
No dia 8 de junho, portanto, foi feita a vistoria definitiva do estádio Victório Scuro. Além de diretores, estiveram presentes torcedores, membros da imprensa (até mesmo da capital), autoridades de Americana e, até mesmo, o presidente do União Agrícola Barbarense, Sr. Casemiro Alves da Silva, que já estava auxiliando o Vasco da Gama na questão de prazos na Federação Paulista de Futebol, pressionando a entidade. Todas as obras necessárias foram realizadas, inclusive as da arquibancada – com a construção de um lance de concreto (paralelo à Rua Tibiriçá) e de mais 4 mil lugares de provisórias (de madeira, paralelo à Rua Riachuelo) + .
“(…) O sr. Rogélio chega por volta das 11h15. É recebido pelo presidente do Vasco, Antonio Zutin, e, na arquibancada, vai logo dizendo: ‘Querem um conselho meu? Peçam licença por um ano. Daí vocês fazem tudo direitinho, com tempo e tudo’. Nessa altura, grande número de pessoas se aproxima do sr. Rogélio Rodrigues. Diretores vascaínos entram na conversa: ‘Se o Vasco não entrar êste ano na primeira divisão, morre o futebol de Americana. Não podemos pedir licença, como poderemos viver só de amistosos durante um ano? E o plantel?'” – Registro do Jornal O Liberal de 11 de junho de 1969
No dia 12 de junho, enfim, veio a confirmação de que o Vasco da Gama estava na Primeira Divisão de Profissional com a irrestrita aprovação do estádio Victório Scuro. Um momento que foi comemorado como um título da agremiação cruzmaltina, já que era a ratificação do acesso do Dragão da Conserva + .
A FORÇA DE ÍTALO SCURO E QUEM FOI VICTÓRIO SCURO
Ítalo Scuro nasceu em 26 de dezembro de 1923, em Americana. Foi um dos mais destacados membros da comunidade americanense no século passado. Além de ter sido diretor do Vasco da Gama e coordenador das obras do estádio Victório Scuro, Ítalo fundou, junto com Husni Atala, a Tecelagem Jacyra, uma das maiores e mais tradicionais da época pujante da “Princesa Tecelã”. Também fez a Scuro Têxtil, localizada em Santa Bárbara d’Oeste e que produzia materiais esportivos.
Na comunidade, Ítalo Scuro foi um dos fundadores do Lions Clube, um dos provedores e colaboradores do Hospital São Francisco e do Centro de Prevenção à Cegueira, além de presidente da ACIA (Associação Comercial e Industrial de Americana), diretor da ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção) e membro atuante do Sindicato das Indústrias Têxteis de Americana.
Ítalo Scuro comandou e forneceu, por meio da Jacyra, toda a mão de obra necessária para a construção do estádio Victório Scuro. Também foi um grande colaborador do Vasco da Gama de Americana, impulsionando o clube em prestígio político e na questão financeira. Ele faleceu em 17 de setembro de 2003, aos 79 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por conta de uma insuficiência cardíaca.
Em 1963, o Sr. Ítalo Scuro foi informado de que teria o seu nome homenageado no estádio do Vasco pela diretoria de Amasílio Scoriza Lopes – devido aos seus esforços para a construção do campo. Porém, mesmo estando honrado pela lembrança, Ítalo fez um pedido à diretoria vascaína e que foi prontamente atendido: que o nome do estádio fosse o de seu falecido pai, Victório Scuro.
Victório Scuro nasceu em Americana no dia 11 de março de 1884 e era filho dos italianos Bortolo e Tereza Scuro. Por muito tempo, trabalhou como eletricista na Companhia de Força e Luz de Carioba. Casou-se com Matilde Polo e teve quatro filhos: Nilde Scuro Feola, Hilda Scuro, Ítalo Scuro e Neide Scuro Morgado. Victório faleceu em 15 de abril de 1948, em Americana.
*O capítulo sobre a construção do estádio Victório Scuro se encontra mais abaixo, junto com o da inauguração do estádio Décio Vitta.
O ESTÁDIO DÉCIO VITTA E O AEC
O novo estádio do Rio Branco já era uma realidade desde a década de 50, já que em 1954 o Tigre acertou a doação do terreno do seu antigo campo, o da Rua Fernando de Camargo, para a prefeitura de Americana – ali, mais tarde, seria edificada a Escola Estadual Dr. Heitor Penteado (ou, atualmente, o Instituto de Educação Presidente Kennedy) – e em troca recebeu, da empresa “Espolio de Achilles Zanaga”, um terreno de 50 mil metros quadrados na região do São Domingos para a construção de seu novo estádio – a doação partiu de Antonio Zanaga, José Dante Zanaga e João Zanaga + + .
Entretanto, vale ressaltar que, juridicamente, o terreno da Rua Fernando de Camargo só foi oficialmente passado ao Estado no dia 4 de junho de 1956, quando o então presidente do Rio Branco, Salvador Soares de Barros, foi até a Procuradoria Judicial de São Paulo para assinar a escritura pública de doação do terreno + .
Em 1971, o estádio teve a sua maquete e seu projeto feitos e divulgados por Nestor Lidenberg, marcando oficialmente o início das obras do Riobrancão. Também naquele ano, foi aprovada a Comissão de Obras do Estádio, chefiada pelo vereador e diretor riobranquense Décio Vitta. A praça esportiva só foi sair do papel quase dez anos depois porque o Tigre tinha parado o seu futebol e a própria comunidade americanense cobrava do Rio Branco a construção do estádio – para ajudar o futebol local.
Em 1973, mais 34.120 metros quadrados foram doados por Antonio Zanaga Sobrinho, Jair Faraone Zanaga e Julieta Romi Zanaga, ao Rio Branco, a fim de continuar as obras do novo estádio da forma planejada.
Enquanto a construção do Riobrancão estava a todo vapor, o Vasco da Gama, em 23 de dezembro de 1974, tinha o terreno do seu estádio Victório Scuro tomado de volta pela prefeitura, de acordo com a lei nº1.340 sancionada pelo prefeito Ralph Biasi + . A situação do Caldeirão do Dragão já era preocupante há muito tempo: além de necessitar de novas reformas, algo que o cruzmaltino não tinha dinheiro, a prefeitura vivia ameaçando de quebrar o comodato e retomar a posse do terreno. Posteriormente, em 1975, o estádio passou a pertencer exclusivamente ao DECET (Departamento de Cultura, Esportes e Transporte) de Americana e o Vasco – e em 1976, o Americana EC – se viu obrigado a pagar aluguel para jogar no Victório Scuro + . O AEC, aliás, em muitas vezes contestou e até mesmo deixou de pagar o aluguel para o DECET – o que causou um certo mal-estar entre a agremiação e o poder público.
Em 1977, o estádio Riobrancão ficou pronto e mediante um acordo entre o Rio Branco Esporte Clube e o Americana Esporte Clube, ficou deliberado que o AEC passaria a jogar no novo estádio de Americana. Foi assim que o alvi-anil mudou de casa: saiu do Caldeirão de Victório Scuro para jogar na moderna praça do Riobrancão. Isso aconteceu porque o Tigre estava com o seu departamento de futebol desativado.
A INAUGURAÇÃO OFICIAL DO DÉCIO VITTA
Naquele 1 de maio de 1977, o Americana Esporte Clube entrou em campo pelo Campeonato Paulista da Primeira Divisão (a 2ª Divisão) para enfrentar o Esporte Clube Taubaté, no Riobrancão. Ali marcou a estreia oficial do novo e principal estádio do futebol de Americana.
A expectativa era muito grande na cidade para a inauguração da praça esportiva, por isso os ingressos se esgotaram e mais de 10 mil pessoas estiveram presentes para acompanhar o jogo. Também vale destacar a presença da torcida visitante com cerca de 200 pessoas – até porque, não deixa de ser histórico ao Taubaté, uma das mais tradicionais agremiações do futebol paulista, participar da inauguração de uma das mais relevantes praças esportivas de São Paulo.
“Foi contagiante a emoção que tomou conta de todos os americanenses domingo último, após a vitória de sua equipe de futebol profissional, Americana EC, sobre o Taubaté de 2 a 0, pela Divisão de Acesso, no estádio Riobrancão.
Quase 10 mil espectadores presenciaram a vitória alvi-anil, na primeira partida oficial disputada na praça de esportes do Rio Branco Esporte Clube. O primeiro gol nessa praça coube ao atleta Niltinho, aos 35 minutos da etapa inicial. Domingo vindouro o AEC atua novamente no Riobrancão, recebendo o Aliança de S. Bernardo (campeão da primeirona em 76), e mais uma festa está preparada para a imensa massa torcedora americanense.” – Capa do O Liberal de 3 de maio de 1977
Assim descreveu o jornal O Liberal o gol de Niltinho – o primeiro do estádio Décio Vitta (Riobrancão) na história:
“Aos 35 minutos do primeiro tempo explodia de contentamento a massa torcedora americanense. Acontecia o primeiro gol do “Riobrancão”, e o primeiro do AEC na divisão intermediária. Seu autor o meia Niltinho (também chamado de Nestorzinho) e de forma espetacular. Aliás, já antes do gol, este era o jogador mais ovacionado pela platéia, a cada jogada que fazia ou tentava fazer. O tento fez com que houvesse delírio entre os torcedores, com muita gente até sentindo-se mal.
Niltinho recebeu um passe perfeito de Ligão, e categoricamente “botou lá dentro”, fazendo 1 para o AEC, zero para o Taubaté. O arqueiro Marco Antonio nada pode fazer nessa jogada.”
O Americana venceu o Taubaté por 2 a 0 e carimbou também a primeira vitória de um time americanense no estádio Riobrancão. O triunfo valeu a reabilitação no Campeonato Paulista da Primeira Divisão, já que na estreia o AEC tinha sido derrotado por 2 a 0 para o Santo André, fora de casa.
O alvi-anil americanense fez 48 jogos no estádio Décio Vitta até a fusão com o Rio Branco em 1979. Foram 11 vitórias, 23 empates e 14 derrotas.
Campeonato Paulista da Divisão Intermediária de 1977 – 2ª Rodada
Placar final: Americana 2×0 Taubaté
Placar 1º tempo: Americana 1×0 Taubaté
Local: Estádio Riobrancão, em Americana
Árbitro: Rubens Paulis
Assistentes: João Adolfo Funes e Edgar Lemos Dias
Público: aproximadamente 10 mil pessoas
Renda: Não divulgada
Americana: Carlinhos; Carioca, Adalberto, Coutinho e Ferreira; Sérgio e Paulinho; Vande, Niltinho, Nelsinho e Ligão. Técnico: Foguinho.
Taubaté: Marco Antônio; Banha, Jair, Célio e Alves; Milton e Toninho; Jovelino, Tatau, Madeira e Everaldo.
Gols: AEC – Niltinho aos 35′ 1ºT e Sérgio aos 44′ 2ºT.
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